O trabalho é fruto de uma expedição para coletas de fósseis e reconhecimento geológico na região de Ituiutaba, Triângulo Mineiro, Minas Gerais, realizada em 2019. Participaram desta atividade pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia- Campus Pontal e Campus Monte Carmelo, Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Estadual de Minas Gerais- Campus Ituiutaba, Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Universidade do Vale do Rio dos Sinos. O estudo foi conduzido pelo Me. Caio César Rangel, responsável técnico pelo Laboratório de Paleontologia Estratigráfica-LAPE, do curso de Geologia da Universidade Federal de Uberlândia-Campus Monte Carmelo e demais colaboradores.

O artigo científico trata do estudo descritivo de uma paleotoca, estrutura escavada por animais para alimentação ou proteção, bem como a sua importância no entendimento do paleoambiente da região de Ituiutaba, há cerca de 70 milhões de anos atrás. É importante destacar a presença de fósseis dentro dessa paleotoca, evidenciando um período de exposição nesse ambiente, considerado como a margem do curso de um rio. O possível agente produtor da toca é um peixe pulmonado, aspecto interpretativo para momentos de estiagem com eventuais eventos de inundação. Os fósseis encontrados no interior da paleotoca não permitem convicção a qual animal pertence, mas há indicativos de serem de algum dinossauro. Estes fósseis são os primeiros descritos para Ituiutaba. O Instituto de Geografia parabeniza aos autores pelo sucesso do trabalho e publicação.

Clique e acesse a íntegra do artigo "A possible lungfish burrow in the Upper Cretaceous Adamantina Formation (Bauru Basin, Brazil) and its paleoecological and paleoenvironmental significance".